u-four-ia: the saga

Eu sou uma pessoa simples. Eu vejo carinhas engraçados na capa de um jogo, e eu sei que vou engajar com ele de uma maneira ou de outra. Nem que seja por apenas 5 minutos, eu pelo menos vou ter o simples e quase visceral prazer de controlar um carinha fofo em um espaço virtual. Eu amo videogames! E mais do que isso, eu amo carinhas. Little guys. Hombrecitos. Kleine männer.

Mas eu não esperava que eu fosse realmente adorar U-four-ia: The Saga! Eu não acredito muito no conceito de joia perdida, pelo menos não em um mundo onde eu posso encontrar qualquer ROM de qualquer jogo com meia dúzia de cliques. E U-four-ia tem popularidade cult o suficiente pra ganhar uma continuação pro Nintendo Switch, então certamente ele não é obscuro. Mas eu acredito que se ele tivesse tido um lançamento estadunidense, a gente teria muito mais gringo babando o ovo dele e ele talvez fizesse parte de uma maneira mais significativa em todo o zeitgeist do Nintendinho.

Digo, é um joguinho modesto. Mas é nessa modéstia que ele brilha! Um pequeno e bem primordial exemplo de um metroidvania, ele tem um mundinho bem gostoso e divertido de explorar. Adoro que no momento em que você libera um novo personagem ou encontra um novo item, você sabe exatamente onde no mapa isso vai te ajudar. É simplesmente bom design! Um joguinho surpreendentemente fechadinho e elegante.

Esse não é o único motivo pra eu adorar U-four-ia, porém. A coisa principal são os carinhas! Eu amo esses carinas. Adoro a localização europeia esquisita desse jogo, que faz todo mundo falar de uma maneira tão sucinta e direta. "I must fight you and win so that you will remeber that we are friends" é uma frase tão engraçadinha e escrita de um jeito tão bobo e descreve tão bem um dos ciclos de gameplay do jogo que é impossível não tirar um sorrisinho de mim. Essa escrita trás um genuíno charme pra U-four-ia, quase inocente! Eu tenho um coração mole, e não consigo ser cínica quando eu vejo algo tão bobinho assim. O poder da amizade salva o mundo de U-four-ia! Como não amar o poder da amizade?

Talvez não seja uma joia perdida, mas ainda é uma joia. Uma joinha preciosa do Nintendinho. Não um diamante, uma esmeralda ou um rubi, mas talvez uma ametista? Uma alexandrita? Não sei, me perdi na analogia. Mas é um joguinho legal!