yoshi's story

Existe algo de muito doce em Yoshi's Story. Algo que vai além da sua estética bonitinha, da sua reputação como um "jogo conforto" ou um joguinho pra bebês. Digo, meio que é pra bebês, mas é mais que isso também!

Eu genuinamente amo a trilha sonora do Kazumi Totaka. Ela consegue transmitir um adorável espírito de aventura, com um leve e melancólico toquezinho de canção de ninar. Ela não se sustenta tanto divorciada de seu jogo, mas se encaixa tão bem com toda a sua apresentação de livrinho de dobraduras e de todo resto do trabalho de som de Yoshi's Story. Os barulhinhos dos Yoshies foi meio que um trabalho de mestre do Totaka, e hoje em dia é muito difícil não imaginar a voz dele com o pitch no talo saindo de um desses carinhas no meio de um pulão. Meio que arte!

Eu gosto de como esse jogo é curtinho, incentivando o jogador a experimentar rotas diferentes e explorar os mapas ao máximo. Muitas críticas da época apontavam a curta duração como um defeito, no comecinho da época em que críticos começaram a se preocupar demais com o "valor-hora" de um jogo. Tenho opiniões bem fortes sobre esse tipo de coisa, mas é meio que óbvio pra mim que atender esse tipo de demanda nunca foi o objetivo aqui. Yoshi's Story é quase um livrinho de cabeceira, curtinho e acessível pra sempre que você quiser tirar a cabeça do mundo por uns instantes antes de dormir. Uma páginazinha pra uma noite um pouco mais feliz.

É um jogo doce, mas não completamente inofensivo. Você vai perder alguns Yoshies pelo caminho. Criaturas do mal vão te descer o sarrafo. As frutinhas vão estar em lugares bem mais difíceis de alcançar do que você imaginava.

Mas o Yoshies vão viver felizes para sempre no final. E talvez eu também, um dia.